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Comandante da PM de Pedro II é afastado após acusação de enriquecimento ilícito e ato de propina

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O Governo do Piauí comunicou o afastamento do comandante de policiamento do município de Pedro II após denúncias de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

De acordo com a investigação, o capitão David Márion Barros Araújo, seria cumplice de sua esposa, a ex-diretora do Juizado Especial de Pedro II, Esmaela Pereira Macedo, que supostamente cobrava propina na expedição de alvarás do Juizado.

A polícia encontrou indícios de que o comandante adquiriu um patrimônio de cerca de R$ 300 mil. No relatório consta que o policial obteve um acréscimo de aproximadamente R$ 72 mil entre os anos de 2008 e 2011, além de um veículo no valor de R$ 80 mil e uma residência de R$ 150 mil que seriam incompatíveis com a renda familiar do casal.

O afastamento do capitão foi divulgado no Diário Oficial do Estado de ontem (16), depois que o Governo analisou as ações cíveis e criminais que tramitam na Justiça. Por conta disso, o prórpio governador Zé Filho determinou a criação de um Conselho de Justificação.

Segundo a denúncia, o capitão teria ocultado da Receita Federal e da Polícia Militar parte significativa do patrimônio. “...reforçando os indícios no tocante aos crimes contra a administração pública e auxiliar a ocultação da atividade ilegal praticada pela esposa”, argumenta o Diário Oficial.

A esposa do capitão foi exonerada do cargo de confiança no Juizado, ainda no início das investigações.

Entenda o caso

As promotorias de Justiça de Pedro II denunciaram a ex-diretora do Juizado Especial Cível e Criminal do município por haver indícios de que houve apropriação de recursos originários de transações penais no mês de abril deste ano.

O Ministério Público constatou, após quebra do sigilo bancário e fiscal, que relevantes quantias foram depositadas na conta corrente dela por pessoas beneficiadas por alvarás expedidos pelo Juizado Especial. Tais movimentações foram registradas nos anos de 2010 e 2011.

No documento, uma vítima declarou ter sido acompanhada pela investigada até o caixa, e que no ato do saque a ex-diretora do Juizado teria exigido metade do valor de um alvará. A vítima alegou que tentou resistir, mas que ao final cedeu porque teve receio de perder o documento, já que este ficou em posse da investigada durante todo o tempo.

Outras três pessoas foram denunciadas, entre advogados e um corretor de seguros do DPVAT. As investigações foram conduzidas pelos dois Promotores de Justiça da comarca, Plínio Fontes e Avelar Fortes.

O Cidadeverde.com tentou falar com o capitão David Márion Araújo e Esmaela Pereira Macedo e não conseguiu localizá-los.

Cidadeverde.com