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Agricultora de Cocal de Telha é eleita 'Mulher Transformadora de 2023' pelo Conselho Federal de Economia

Piauiense recebeu o prêmio nacional! Ela produz cajuína numa pequena propriedade, onde reúne e incentiva outras mulheres para terem renda e independência.

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O Conselho Federal de Economia - Cofecon, elegeu a agricultora piauiense Francisca Raimunda da Costa a "Mulher Transformadora 2023". A escolha se deu sábado (09/12), durante a 729ª Sessão Plenária Ordinária do Cofecon, realizada em Brasília. 

A indicação do nome de Raimunda da Costa para concorrer ao prêmio foi feita pela economista piauiense Teresinha Ferreira, conselheira federal do Cofecon e coordenadora de duas comissões temáticas da entidade: a da Mulher Economista e Diversidadece e a de Responsabilidade Social e Economia Solidária.

Desde 2020, a premiação é promovida pelo Cofecon para reconhecer o trabalho de mulheres que contribuíram para o desenvolvimento da responsabilidade social, da economia social e do empreendedorismo. "A ideia é premiar quem faz algo que impacta economicamente a sociedade de forma positiva e que capacita comunidades em várias modalidades produtivas", explica Teresina Ferreira. 

Mulheres empoderadas e produtoras de cajuína na comunidade Sambaibinha, em Cocal de Telha 

Quem é ela

Francisca Raimunda da Costa, de 47 anos, é casada e tem três filhos. Ela mora na comunidade Sambaibinha, Zona Rural do município de Cocal de Telha, no Norte do Piauí. A "Mulher Transformadora 2023" é produtora de cajuina numa pequena propriedade, onde reúne e incentiva outras mulheres produzir para ter renda e independência. 

Além da labuta do campo e do trabalho no cultivo e beneficiamento do caju, Francisca também encontra tempo para pratica de esportes. Ele criou um time e incentiva as mulheres de sua comunidade a jogar futebol. 

Francisca Raimunda conta que a história de superação dela começou em 2009, quando, mesmo com a proibição do marido, foi até a cidade para fazer um curso de produção de Cajuína. Após o curso, juntou um grupo de cinco mulheres e começaram a produzir Cajuína para se desenvolverem economicamente. 

A liderança de Francisca levou outras mulheres e procurar a independência financeira e lutar por seus direitos. Por conta desse movimento, o lugar onde ela ficou conhecido como "a comunidade das mulheres guerreiras e empoderadas".  

Hoje o grupo tem 15 mulheres produzindo a "Cajuína Mulheres Guerreiras" numa pequena unidade montada no meio da comunidade. Todas receberam capacitação para melhor aproveitamento do caju e outras frutas.

A solenidade de entrega da honraria ocorrerá no ano de 2024, durante a Solenidade de Posse da nova diretoria do Cofecon, em data a ser confirmada.

Vencedores das edições anteriores

2022 – Joice Marques

2021 – Nísia Trindade Lima

2020 – Irmã Lourdes Dill

Fonte: Piauí Hoje