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Jovem de Piracuruca escreve releitura sobre lenda do Parque de Sete Cidades e sonha em transformá-la em livro

O Parque Nacional de Sete Cidades fica localizado nos municípios de Piracuruca e Brasileira

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O Parque Nacional de Sete Cidades, localizado nos municípios de Piracuruca e Brasileira, Norte do Piauí, é bastante conhecido por suas formações rochosas atípicas e pinturas rupestres com mais de 10 mil anos. Mas, o que muita gente não sabe, é que o parque guarda consigo uma lenda que envolve reinos encantados, castelos e majestades.

Para registrar e popularizar a lenda, a jovem escritora Ystefani Lima decidiu escrever uma releitura da lenda original. Seu objetivo é transformar esta releitura em um livro que seja amplamente divulgado no estado. Confira a lenda completa do parque logo abaixo.

Ystefani mora em Piracuruca e conheceu a lenda quando tinha 18 anos. Desde então, ela se apaixonou pela história. "Comecei a associar a lenda com as coisas que eu tinha visto lá no parque. E essa lenda, de certa forma, despertou uma imaginação, sabe? Associando a lenda com o que a gente vê lá no parque, cria-se um mundo de possibilidade", afirmou.

Porém, a lenda não está registrada de forma escrita e é passada de geração a geração somente no boca a boca. A fascinação foi tanta que a jovem escritora decidiu adaptá-la e transformá-la em livro.

Então, Ystefani precisou realizar uma série de pesquisas sobre o parque. Além disso, ela contou com a ajuda de dois amigos: Aluísio, que também é escritor e estudante de direito, e Paula Gabrieli, que é professora de história.

A releitura da lenda está pronta, mas ainda falta ser publicada. A escritora deseja ter apoio financeiro do Governo do Piauí para que o livro seja difundido nas escolas como paradidático, e, quem sabe, distribuído em todo o estado. Contudo, isso ainda não foi possível por falta de verba.

“A gente acredita que, ao trazer essa história, a gente vai estar contribuindo para a preservação e valorização de um patrimônio tão especial, inspirando futuras gerações a se conectaram com suas raízes. Eu espero, em breve, ver a história ganhando vida através das páginas de livro e cumprindo o objetivo de disseminar essa riqueza cultural com nossos jovens”, destacou Ystefani Lima.

A escritora espera que a história cative não só o público infantil, como também o adulto.

A lenda do Parque de Sete Cidades

Segundo a lenda, existiam sete reinos muito poderosos no local onde está situado o Parque Nacional de Sete Cidades. Um príncipe de um reino havia sido prometido em casamento para uma princesa de outro reino. Os dois eram filhos das rainhas mais poderosas dos sete reinos.

No dia do casamento, a noiva foi abandonada no altar porque o príncipe fugiu com outra princesa, de um reino mais pobre. A mãe da noiva, então, jogou uma maldição no príncipe e em sua amada, transformando-os em lagartos petrificados.

Contudo, a maldição foi tão forte que transformou todos os sete reinos em pedra. Antes disso, a mãe do príncipe jogou uma magia na mãe da noiva, tornando-a em um dragão petrificado.

Amor pela leitura e escrita

A leitura é um refúgio para Ystefani desde sua adolescência. A jovem sempre foi fascinada por livros e, com o passar do tempo, ela percebeu que não queria somente ler, mas também escrever. Foi durante a pandemia que Ystefani passou a se dedicar mais para a carreira literária.

"Com toda aquela questão de não poder sair de casa, ansiedade, enfim, foi uma forma que encontrei de acalmar minha mente, sabe? Uma maneira de expressar meus sentimentos e criar um mundo de possibilidades através da escrita e de investir nesse ramo literário", afirmou a jovem.

A escritora destacou que sempre recebeu apoio dos familiares e amigos. Segundo ela, seu pai, sua mãe e sua irmã são seus maiores críticos, mas seus maiores fãs.

"Isso é encantador, sabe? Eu acho que sou uma pessoa muito sortuda porque eu tenho pessoas ao meu redor muito especiais que apoiam essa carreira que eu quero seguir e me motivam a ir além de cada livro que eu escrevo", disse.

Ystefani já possui dois livros publicados, sendo o segundo livro o início de uma trilogia de ficção distópica. Porém, ela não se dedica somente a carreira literária. A jovem é estudante de odontologia e ainda vê a escrita como um hobby.

"Eu pretendo continuar investindo nessa carreira porque é algo que eu gosto muito de fazer. Eu gosto muito de escrever, gosto muito de criar personagens. Mas, ao mesmo tempo, eu sei a dificuldade que é o mercado literário. Eu sei que não tem como eu desistir de tudo e abdicar da minha vida pra ser escritora. Sempre tem que ter algo a mais. Porque a gente vive num país em que não há valorização para a leitura, para a cultura", comentou.

Fonte: G1