Rede de dormir é considerada patrimônio material e cultural em Pedro II, cidade conhecida como ‘terra da rede’

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A rede de dormir foi considerada esta semana patrimônio material e cultural de Pedro II, Norte do Piauí. A confecção do utensílio doméstico na cidade teve início nos últimos anos do século XIX e se tornou parte da tradição e história local, fazendo com que o município seja conhecido como a 'terra da rede'.

A prática começou quando o padre Joaquim de Oliveira Lopes, vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, foi morar em Pedro II, levando as irmãs Honorinda, Mariana e Severa. As mulheres começaram a fazer redes de dormir em teares de grade e a prática se popularizou.

Ao longo do tempo, as redes produzidas em Pedro II ganharam destaque, pela beleza e qualidade, dentro e fora do estado. A confecção local já foi até objeto de estudos acadêmicos.

Com isso, a prefeitura propôs a lei que, além de tornar o utensílio em patrimônio, instituiu o Cadastro Municipal de Teceloa e a referida identidade funcional e profissional, para que as pessoas que atuam na área tenham acesso a políticas públicas voltadas ao setor.

Foi estabelecida ainda a comemoração alusiva, o Dia da Teceloa, a ser celebrado no dia 19 de março de cada ano. Para a prefeita Betinha Brandão (PSB), que sancionou a lei na segunda-feira (10), se trata de uma conquista histórica e cultural para a cidade.

“A rede feita em um tear de Pedro II, pelas mãos de nossas artesãs, é algo precioso para nosso povo. Quem conhece a qualidade de uma rede da nossa cidade, não quer saber de outra. Com força de lei, vamos fomentar esse trabalho e valorizar nossas artesãs”, declarou.

Fonte: G1 Piauí