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THE: Vídeo de sexo é espalhado na escola e menor sofre bullying

Conselho Tutelar foi acionado e está investigando o caso. Situação teria acontecido entre três menores de idade.

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A Secretária Municipal de Educação e Cultura (SEMEC) está apurando o segundo caso de prática de sexo entre crianças nas escolas municipais da capital. Segundo assessoria de comunicação da SEMEC, existe outro caso, além do registrado na Escola Municipal Parque Itararé, na zona Sudeste, de Teresina.

Uma equipe da SEMEC está na manhã dessa terça-feira, reunida com o diretor da escola Parque Itararé, professor Soliesticios Melão de Oliveira Ribeiro, para discutir o caso da criança de 11 anos que teve um vídeo feito durante a prática de sexo oral, com um aluno de 13 anos do 8° ano, do ensino fundamental e um de 15 anos, que estuda no 9° ano, no mesmo colégio.


A mãe da adolescente, Luiza Maria da Silva, que reside na Vila Coronel Carlos Falcão, denunciou o abuso sexual feito contra a filha na Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA), porque sua filha tinha sido apedrejada no dia 31 de outubro pelos colegas de escola e tinha sido suspensa por três semanas pelo diretor Soliesticios Melão.


“Minha filha disse que foi seduzida pelos dois meninos, que pularam o muro da escola e foram para o canto da quadra de esporte. No momento que ela foi seduzida pelos meninos, ela estava pulando corda no pátio da escola”, declarou Luiza Maria.


Segundo ela, sua filha foi suspensa por três semanas da Escola Municipal Parque Itararé, perdeu provas, enquanto, os dois estudantes não foram suspensos, continuaram fazendo prova, não se prejudicaram e espalharam o vídeo com a prática de sexo na escola, o que fez o material cair na rede social Facebook, e nos bairros próximos, como Renascença, Monte Horebe e Parque Itararé.


“Minha filha e eu choramos muito, quando nós passamos pela rua as pessoas apontam para ela. Não vou deixar mais que minha filha fique nessa escola, fui muito rebaixada, uma pedagoga me chamou e me mostrou o vídeo, sem me dizer mais nada”, afirmou Luiza Maria, que também vai transferir a outra filha que estuda com a jovem para outra escola na região do Dirceu.


Segundo ela, a responsabilidade é da direção da escola que deveria ter dado segurança. “Se era para suspender os alunos envolvidos, que suspendessem os três e não somente minha filha que afirmou não ter visto que estava sendo filmada”, declarou a mãe apontando que entrará com um recurso judicial contra a Prefeitura de Teresina.


O diretor da Escola Municipal Parque Itararé, disse que o caso aconteceu no dia 16 de outubro, mas só veio ser conhecido depois, quando as imagens da prática do sexo caíram no Facebook. Ele disse que falou com os garotos que participaram da relação sexual e disse que um deles confirmou que filmou, mas não postou na internet, e acredita que foi um colega dele, que não quis divulgar o nome.


Soliesticios Melão declarou que o aluno mais velho que participou da relação não quis filmar a ação, mas aparece a imagem dos dois na gravação. O diretor acredita que a relação sexual aconteceu no dia 16 de outubro, porque nessa data dois professores faltaram, alegando que estavam doentes e a professora de educação física levou os alunos para a quadra de esporte e após o recreio, já no 5° horário, foram liberados e ficaram esperando o ônibus que os leva para casa. Na versão do diretor a menina estava já fora do colégio quando os dois garotos a chamaram para namorar, pularam o muro e foram para o final da quadra de esporte, mesmo tendo interdição que os alunos cheguem ao local.


“Eu falei com a menina e ela disse que não foi forçada, que foi chamada pelos dois, eles pularam o muro e ela ficou beijando um e outro. Eu perguntei se ela já tinha assistindo algum filme pornográfico, ela falou que não e confirmou que tinha feito sexo oral nos meninos”, falou o professor Soliesticios Melão.


Ele declarou que tem percebido que as crianças e adolescentes tem despertado mais cedo para o sexo, principalmente, depois que eles têm acesso a imagens eróticas na internet. Ele declarou que não suspendeu apenas a menina, mas sim os três alunos. Ele afastou a garota porque ela tinha sido apedrejada e era uma forma de preservar sua imagem, já que as crianças a chamavam de “Boqueteira”.

Hoje pela manhã na hora do recreio as crianças ficavam pulando, chamando o nome da menina e de “Boqueteira”. Soliesticios Melão disse que noticiou o caso, quando soube, para o Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente e convocou para a manhã dessa terça (27), uma reunião.

Meionorte.com/efremribeiro