Família de garçom assassinado faz caminhada pela justiça e convida a comunidade piripiriense
O ato está marcado para sábado (18), às 16h, com saída aos pés da imagem de Nossa Senhora dos Remédios, no Morro da Saudade
2017-11-16 10:00:18Esposa, filhos, netos, sobrinhos e demais parentes do garçom João Antônio dos Santos, conhecido como “João Fidelis”, de 68 anos, morto por crime de trânsito, no dia 11 de setembro de 2010, na BR 343, em Piripiri, estão organizando uma Caminhada pela Justiça, que percorrerá as principais ruas e avenidas da cidade.
O ato está marcado para sábado (18), às 16h, com saída aos pés da imagem de Nossa Senhora dos Remédios, no Morro da Saudade, percorrendo parte da avenida João Bandeira Monte, a avenida Tomaz Rebelo, trechos das ruas Professor Bem e Santos Dumont, retornando para o centro da cidade, pela avenida Aderson Ferreira.
A Caminhada pela Justiça é mais uma mobilização da família do senhor João Fidelis, envolvendo a sociedade piripiriense, para que o crime do qual o garçom foi vítima não fique impune. O acusado Ivan Panichi foi enquadrado por Homicídio Doloso, o primeiro caso no Piauí de crime no trânsito a ser assim qualificado.
Na última terça-feira (14) estava marcado o Júri Popular de Panichi, mas a advogada dele protocolou atestado médico, alegando problemas de saúde para faltar ao julgamento. O acusado também não compareceu, e o juiz da Vara Criminal, João Bandeira Monte Júnior, decretou a prisão preventiva do réu que, antes de ser preso, teve a prisão revogada no Tribunal de Justiça do Piauí, por ordem da desembargadora Eulália Pinheiro
O júri é aguardado com muita expectativa pela sociedade local, que ficou indignada pela maneira como se deu o crime, em que o autor, após matar o garçom, ficou ingerindo bebidas em um bar a poucos metros onde se deu o ocorrido.
“Se a defesa pensa que vai nos fazer desistir, se pensa que vai atrasar o julgamento e, com isso, fazer o povo de Piripiri esquecer o crime que vitimou nosso pai, eles estão enganados. Nós só descansaremos quando Ivan Panichi for condenado e preso pela barbaridade que cometeu”, avalia Georlitom Alves, filho da vítima.
Os familiares de João Fidelis estão convocando também outras famílias que tiveram entes queridos ou amigos vitimados por crimes que permaneçam impunes. “A sociedade precisa reagir. Tem de fazer valer a Justiça, cobrar providências, fiscalizar o cumprimento da lei, principalmente em crimes em que a vida humana é banalizada. E a Caminhada da Justiça é justamente para isso”, finaliza Georlitom.